Não tão doce Juliete

Não tão doce Juliete

quinta-feira, agosto 07, 2014

Jovem,Velho,(in)seguro,tanto faz.

Ainda tento entender por que sempre me contaram mentiras.
Quem imaginou um dia que a vida fosse um conto de fadas enganou-se,a vida é complicada.Primeira mentira ! A vida é muito mais simples do que se pensa,somos nós quem complicamos.
Grande parte das dúvidas de nossa vida adulta começa quando criança,logo quando pensamos no " que serei quando crescer ?"Astronauta,policial,bombeiro,músico,agente secreto,inventor maluco,médico,ator,super herói, são algumas das mais comuns.Eu queria ser bombeiro,agente secreto,músico e inventor,e piloto de nave espacial,tudo ao mesmo tempo.
O tempo passou, fui crescendo e os sonhos se tornaram cada vez mais distantes,pelo menos aqueles dali de cima,comecei a pensar em fazer faculdade,falar mais de 4 línguas, casar,ter filhos,talvez uma casa.
A pressão a medida que eu crescia apenas aumentava sobre o que fazer pelo resto da vida,vestibular chegando,ENEM, e eu sem saber o que ser.
É exatamente aqui que eu queria chegar,neste exato ponto.Por que um garoto  de 17 anos tem de decidir o que vai fazer pelo resto da vida ? É pressão demais para alguém que só queria ouvir um som e estudava porque era a única coisa que  fazia (ou pelo menos achava que fazia) direito.
Depois do drama da escolha,ou melhor, do drama da  escolha errada,houve  uma reviravolta, e 2 anos e meio depois,encontro-me nos finais de minha graduação,fazendo o que gosto,estudando o que gosto,não serei nada do que planejei,ou melhor,serei tudo aquilo e muito mais,serei professor,justamente a profissão que eu vivia dizendo a todos os meus amigos do "Odilão" que eu jamais seria.
Até meu 4º.  período da faculdade eu ainda tinha dúvidas de minha vida,de meu futuro,mas parei para refletir e finalmente entendi o porque foi tão difícil descobrir meu caminho,e me lembrei de quando tinha 17 anos e precisava escolher uma profissão para o resto da vida,o problema naquela época não era o que fazer pelo resto da vida,era o medo,ele regia minhas ações.Não qualquer medo,mas o mesmo medo que me assolara novamente no meio da graduação,o mesmo medo,a mesma sensação e vontade de desistir de tudo,o medo de não ser bom,o medo de não saber como será o dia de amanhã,medo de não fazer o que gosto e descobrir em um dia cinza que tudo que foi feito não acalentava mais  o coração,foi ai que percebi: e daí se um dia nada do fiz me desse vontade de fazer de novo ? Eu estou vivo, não estou ? Então posso mudar.E daí que gastei tempo,sofri,chorei ? Se me der na telha e me fizer feliz porque não mudar ?
E foi ai que descobri que no agora sou feliz em ser um Ruralino de Letras prestes a adentrar no sétimo período,com intuito de seguir estudando,com vontade de lecionar,de estudar mais,e de lecionar mais,e,se em um dia cinzento  encontrar-me  sem vontade de continuar,certamente ainda assim serei feliz de ter feito Letras,mas seguirei outro caminho, em outra direção,pois a final de contas ainda sou apenas um cara que gosta de ouvir um som e estuda porque acha que é a única coisa que sabe fazer direito.





quarta-feira, agosto 06, 2014

Necesidad

Cuando te sentires hambriento
que la alma tuya se cambie hasta un aura
Si estés sedento que el alma tuya 
se cambie  hasta un dromedario
Si estés  cansado,muy cansado,
baja los ojos y  eleva tu mente !



quinta-feira, junho 26, 2014

FALANGE

Solda severo o solene soldado
Escorre o suor do semblante servil
Suscita entre goles secos de sub significância
A esperança  de ser simplesmente supremo para si: sargento.
Sente na pele a sida da discórdia,sente no sangue o sistema sem fim,sente na fronte sua sensata opção,desiste de tudo e aceita seu fim.

quinta-feira, junho 19, 2014

Inspiração

"As vezes ela vem num belo vestido,as vezes ela vem espancada,as vezes ela vem com uma faca para te cortar,mas ela sempre vem." (Criolo, 8:58)




      

terça-feira, junho 03, 2014

"Mosquito"

Estava eu em meio à rotina, estava dentro do trem me dirigindo a Deodoro.Mais um dia de aula no IM.

Olhei para cima: havia um mosquito pousado na barra pararela à minha cabeça,não se movia,estava inerte,não sabia,sequer, se ele estava vivo.
Pessoas entravam conforme as estações passavam: Bangu,Guilherme da Silveira,Padre Miguel,Realengo,mas ninguém reparava no mosquito pousado na barra pararela à minha cabeça.
Talvez  só eu visse o mosquito,talvez os outros não ligassem para o mosquito pousado na barra parela à minha cabeça,ou pior, talvez fosse eu como o mosquito,e estivesse pousado em uma barra paralela à cabeça de alguém que me observava,estava sem saber,sequer, se eu  estava vivo. 

domingo, maio 25, 2014

FORMAS Desgostosas.

É sim,é da forma que eu gosto !
Não quero saber da teoria,não quero saber da substância
É sim,é da forma que eu gosto
Não quero saber da razão,não quero lidar com o sistema
É sim,é da forma que eu gosto !
É da literatura que se extrai de cada gota de língua derramada
É sim,é da forma que eu gosto !
É de cada composição grotesca que ao ser lida toma o lugar e o espaço reservado ao sublime.
É sim,é da forma que eu gosto
É da barata da indecisão,das entranhas do inseto (ou das minhas ?)
É sim,é da forma que eu gosto !
É de olhar-me no espelho e não saber se sou barata,homem,espírito,ou apenas nada.
É sim é da forma que eu gosto.

domingo, abril 20, 2014

ABISMO

Escrever não é difícil,o difícil é escrever o sentimento,os gostos e as sensações.Difícil é tomar em palavras aquilo que reside no mais profundo abismo de onde nenhum marinheiro,capitão de embarcação ou desbravador jamais retornou: o abismo em que todos os pecadores se encontram,e que talvez
daqui nunca saiam,vida !